Confederação Brasileira de Golfe

Alex Rocha: “temos ótimas chances de ir para o mundial”

26 de setembro de 2005

Há oito anos nos Estados Unidos, o paulistano Alex Rocha, bicampeão brasileiro, tornou-se um dos atletas que melhor representa o Brasil no circuito internacional de golfe. Agora, ele terá a chance de defender oficialmente o País em uma competição internacional. Ao lado do carioca Philippe Gasnier, Rocha jogará, de 5 a 8 de outubro, no México, a seletiva do continente americano para a Copa do Mundo de Profissionais.

Apenas as duas melhores duplas que participam do torneio classificatório no El Tigre Club de Golf, em Nuevo Vallarta, garantem vaga na competição principal. Esta ocorre, de 17 a 20 de novembro, no Victoria Clube de Golfe Vilamoura, no Algarve, em Portugal. Gasnier e Rocha são os dois brasileiros mais bem colocados no Tour das Américas (TLA), respectivamente, na 15a. e 18a. posições, o que justificou a indicação da dupla. “Tenho na minha mente que sempre seremos parceiros e ao mesmo tempo saudáveis rivais dentro do Brasil”, afirma em entrevista dada por e-mail, de Orlando, na Flórida, ao site da CBG .

Em comum com o parceiro, Rocha tem o desejo de conseguir o passaporte para o PGA Tour, circuito milionário que reúne os melhores jogadores do mundo. Enquanto Gagá (apelido de Gasnier) busca o acesso por meio do Nationwide Tour, Rocha joga sua quarta temporada no Canadian Tour (Cantour), importante circuito jogado na América do Norte e que conta pontos para o ranking mundial. “O Cantour não recebe o crédito que merece, apesar de ser o terceiro mais importante por aqui, atrás apenas do PGA e do Nationwide”, diz.

Até agora, sua melhor temporada no Cantour foi a primeira, em 2002, quando terminou em 19º. no ranking, com US$ 31,3 mil ganhos em 14 torneios. Em 2005, com a temporada finalizada este mês, Rocha chegou ao 26o. lugar, com US$ 20,89 mil em 12 eventos. O profissional que completa 28 anos no dia 21 de novembro também já atuou em cinco etapas do Nationwide, tendo chegado duas vezes às finais, em 2001 e 2003.

Rocha começou a jogar com cinco anos no São Fernando Golf Club, em Cotia (SP), e aos 13, passou a ter aulas com o profissional Jaime Gonzalez. A boa formação lhe valeu títulos brasileiros em todas as categorias até chegar às duas conquistas no Amador do Brasil, em 1994 (com 16 anos) e 1997. Sem contar o título sul-americano na Los Andes pela equipe nacional, em Quito, no ano de 1995.

Em agosto de 2004, começou a trabalhar com o psicólogo da CBG, Esmerino Rodrigues, para quem só tem elogios. Três meses depois de iniciada a parceria, ficou a uma tacada de conseguir a classificação para a seletiva final do PGA Tour 2005, no que ele descreve como “o dia mais inesquecível de minha carreira” (leia no link www.cbg.com.br/por_dentro/ler_materia.asp?cod_materia=1878). Este ano, voltou ao São Fernando para jogar o American Express Brasil Classic (etapa do TLA) e ser vice-campeão após playoff com o argentino Miguel Fernandez.

Na entrevista que se segue, Rocha fala mais sobre sua carreira e sobre as chances do Brasil na seletiva para o Mundial, no México.

CBG – Você já está treinando para a seletiva do Mundial, no México? Como vai ser feita a preparação e quando se encontra com seu parceiro de dupla, Philippe Gasnier?
Alex Rocha – Sim, já estou treinando para a seletiva há muito tempo. Passo o ano todo me preparando para oportunidades como essa, de forma que estou pronto. Meu treino começa na academia, três a quatro vezes por semana, e depois faço uma mistura de treinamento técnico e tático no campo de golfe, tudo acompanhado pelos vigilantes olhos do meu preparador psicológico, Esmerino Rodrigues. Encontrarei o Gagá no dia de nossa viagem, 28 de setembro.

CBG – Já jogou essa seletiva? Quais as chances do Brasil e, na sua opinião, quem são os grandes adversários?
Rocha – Nunca joguei essa seletiva antes, mas tenho absoluta certeza que o Brasil tem ótimas chances. Nós estamos indo com uma semana de antecedência para jogar no campo antes dos outros países. Além disso, meu parceiro está muito bem no momento, o que me traz confiança. Não creio que haja nessa seletiva uma equipe melhor que o Brasil, mas existem algumas que são tão boas quanto, o que transforma essa competição em algo muito disputado. Argentina, México, Colômbia e Canadá, além do Brasil, são as melhores equipes na minha opinião e vamos todos brigar pelas duas vagas disponíveis.

CBG – Você e o Gasnier já atuaram juntos em dupla?
Rocha – Nunca tive a oportunidade de jogar com o Gagá em dupla, mas isso não significa que não o conheça bem.

CBG – Qual a sua expectativa para essa parceria?
Rocha – Nossa parceria está começando este ano e acredito que possa durar muito tempo ainda. Tenho no fundo de minha mente a imagem de que sempre seremos parceiros, divulgando o esporte para e pelo nosso País, ao mesmo tempo que também teremos uma saudável rivalidade dentro do Brasil. Essa é a combinação perfeita para o nosso bom desempenho.

CBG – Como está sendo sua temporada no Canadian Tour. Qual a importância desse circuito no cenário do golfe internacional?
Rocha – O Canadian Tour, infelizmente, não recebe o crédito que merece. Eu te digo que na América do Norte, o Cantour é o terceiro mais importante, atrás apenas do PGA e do Nationwide Tour. A qualidade dos jogadores é ótima e o nível de dificuldade dos campos é grande. Por isso, estou certo de que estes últimos quatro anos que passei jogando no circuito mudarão minha vida no futuro, dadas as boas oportunidades de aprendizado. Terminei o Tour em 26o. este ano, o que não me agrada nem um pouco, mas vejo o potencial do meu jogo querendo sair.

CBG – Com quantos anos começou a jogar e desde quando está nos Estados Unidos?
Rocha – Comecei a jogar lá pelos 5 anos de idade e estou nos Estados Unidos desde 1997.

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