Confederação Brasileira de Golfe

Velocidade e os mitos do jogo – Coluna de Guillermo Piernes

24 de outubro de 2006
O mito que o golfe é um esporte lento e monótono acompanha o mesmo tipo de afirmação medieval que a Terra era plana, com os avanços tecnológicos e as estatísticas provando que a realidade sempre difere dos preconceitos.
 
Um radar colocado pela VB Serviços dias atrás no buraco 18 do Clube de Campo de São Paulo registrou que a velocidade atingida pela bola de golfe batida por um bom jogador amador chegou a 225 km/hora. O golfista Bubba Watson, do circuito profissional norte-americano, fez sua bola viajar a 335 km/hora, velocidade mais alta que a atingida pelos carros da Formula Um. Em tempos de alta velocidade vale lembrar que Michael Schumacher, Rubens Barrichelo, David Coulthard, Nelsinho Piquet, Gil de Ferran, Carlos Montoya, entre outros pilotos de primeira linha praticam golfe.
 
A suposta monotonia do golfe é apregoada. “Quem fala de monotonia no golfe é porque nunca saiu a jogar”, disse Armando Toledo, diretor da IBM e entusiasta golfista.  Um alto executivo nos ligou no telefone apenas para contar que iniciou as suas aulas de golfe e que achou “incrível” saber levantar a bola.
 
Superar obstáculos, buscar potencia, ritmo, precisão, estabelecer estratégias e desafiar o maior rival possível, as nossas próprias fraquezas, têm zero de monotonia. Se fosse um esporte chato, os patrocinadores dificilmente tornariam a Tiger Woods o esportista melhor pago da Terra, inclusive na frente de Schumacher, de Michael Jordan, de Ronaldinho Gaúcho, de Tomas Federer, grandes astros de outros excelentes esportes.
 
As estatísticas mostram que o Brasil ainda engatinhando em matéria de golfe comparado com o resto de países de grande ou mediano desenvolvimento econômico. As mesmas estatísticas indicam que 120 mil jovens brasileiros praticam o jogo eletrônico Panya, que reproduz as condições de uma partida de golfe na tela do computador. É o futuro. No país 40% dos praticantes tem menos de 30 anos. Na Suécia, o golfe é o esporte mais praticado pelos jovens.
 
O fato de ser um esporte com baixo índice de lesões permite que os jogadores tenham uma maior longevidade na sua prática, o que possibilita maior número de jogadores veteranos que em outras modalidades ou que pode dar a impressão que é um esporte com menos jovens. O golfe não é melhor que outros esportes, apenas diferente. Pelas suas características o golfe é muitas vezes mais democrático ao possibilitar que no mesmo torneio joguem jovens, veteranos, mulheres e praticantes de distintos níveis de capacidade.
 
Uma pesquisa da MSI Sports revelou que entre os presidentes das 500 maiores corporações do Brasil 16% praticam golfe. Entre esses presidentes de grandes empresas, os quatro esportes preferidos são: a corrida, o tênis, o futebol e golfe, nada mal para um esporte acusado de ser lento e monótono, entre outras preconceituosas impropriedades.
 
 * Guillermo Piernes é consultor corporativo e palestrante de golfe. Escritor e jornalista, assina as colunas de golfe da Gazeta Mercantil e revista Forbes. Autor de Comunicação na América Latina (Ed. UnB) e Tacadas de Vida (Ed. JB). piernes@yahoo.com
 
Pódio
 
Faap: Um jantar para empresários foi organizado na Faap para celebrar os seis anos da revista Forbes Brasil e a realização da II Golfe Experience, de 10 a 12 no campo do Bluee Tree de Mogi das Cruzes. 
 
Haser: A filosofia do golfe aplicada cientificamente para melhorar a capacitação executiva passou a ser parte dos programas da Haser Consultoria de recursos humanos. No site www.haser.com.br se encontram mais informações sobre a iniciativa.
 
Frade: No campo do Hotel do Frade, em Angra dos Reis, se realiza de 26 a 29 de outubro o XVII Campeonato Brasileiro Sênior e Pré-Sênior, um dos pontos altos do calendário dos golfistas mais experientes agrupados na ABGS.   

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