Confederação Brasileira de Golfe

Brasil é campeão Sul-americano masculino e feminino

25 de novembro de 2002

O Brasil entrou para a história do golfe mundial ao vencer em 23 de novembro o Campeonato Sul-americano – Copa Los Andes no Gávea Golf & Country Club, Rio de Janeiro, pela primeira vez nas duas categorias – masculina e feminina, numa final emocionante. O torneio acontece a cada dez anos no país, e o Brasil venceu pela última vez em 1987 (feminino) e 1995 (masculino).

O sentimento de união da delegação tocou a todos. Na cerimônia de encerramento, a música tema das vitórias de Ayrton Senna deu um toque especial à entrega dos troféus. As equipes, sempre unidas e de mãos dadas, posaram para fotos, câmeras e agradeceram o apoio do público.

“O título surpreendeu a todos, menos a nós, pois o time se preparou muito para esse torneio, num trabalho de esforço e superação”, comentou o capitão da equipe masculina, Marco Ruberti, que jogou a Los Andes em 76 e 77 e comandou o Brasil no ano passado, no Chile. “O que contou muito foi o entrosamento da equipe e o apoio do psicólogo Esmerino Rodrigues Júnior”.

Depois que Victória Meyer e Cristina Baldi já tinham vencido os jogos individuais, a decisão ficou nas mãos de Patrícia Carvalho, jogadora que ganhou o Brasileiro de Match-Play em julho, também no Gávea. Ela teria apenas que empatar no buraco 9, e conseguiu. “Era tanta pressão que parecia que o buraco tinha diminuído. Foi a jogada mais importante da minha vida. Dali até o final, joguei chorando”.

“Eu sabia que, se perdesse, o Brasil não ficaria com o título”, disse Victória Meyer, que estava um buraco atrás da adversária colombiana e conseguiu vencer. “Ainda nem caiu a ficha de que nós ganhamos a Los Andes”, brincou.

Maria Priscila Iida, primeira colocada no ranking nacional, também estava muito emocionada: “Foi muito legal, porque em 1997 ganhei aqui também o Sul-americano Juvenil. Foi um presente e uma honra fazer parte da equipe e ganhar. Estou muito feliz. Agora consigo respirar aliviada, com o sentimento de dever cumprido”.

Lu Davis, a capitã da equipe feminina, também citou o espírito de união dos jogadores: “O golfe é um esporte individual. Com reuniões e conversas nós conseguimos mudar isso e todos se uniram bastante”. Sobre o título, ela falou emocionada: “Foi um torneio duríssimo, só decidido mesmo no final. Num universo de poucas jogadoras que temos no ranking, o título significa muito”.

“Há muito tempo não havia tanta união como aconteceu aqui com as duas equipes, masculina e feminina. Também houve uma mistura de experiência entre os jogadores. Para mim, isso foi o ponto chave”, disse Roberto Gomez, que há 20 anos ganhou a Copa Los Andes em São Paulo, em 1982.

Felipe Lessa, o Torito, o mais jovem da equipe, deu sorte. Em duas semanas, venceu dois Sul-americanos, o Pré-Juvenil e o Adulto. “Foi emocionante pra caramba. Começamos mal de manhã, mas nos recuperamos à tarde, com uma virada espetacular, e eles nem viram a bola”.

O psicólogo Esmerino comentou: “Foi importante a forma como eles assimilaram o trabalho e estavam determinados a ganhar”.

Comemoração na piscina

Na comemoração, todos os jogadores foram jogados na piscina do Gávea, incluindo os capitães. Pouco depois foi a vez dos caddies se unirem aos golfistas, e, num gramado próximo, cantarem o Hino Nacional com uma bandeira do Brasil.

“Para o golfe brasileiro foi um feito extraordinário, talvez o maior do golfe amador de todos os tempos, vencer os dois títulos simultaneamente, jogando em casa. É o coroamento do trabalho que foi feito ao longo desses anos para que pudéssemos chegar a esse estágio de desenvolvimento do esporte”, explicou Luiz Arthur Caselli Guimarães Filho, presidente da Confederação Brasileira de Golfe.

Resultados finais:

Masculino
1) Brasil – 14 pontos
2) Argentina – 11
3) Colômbia – 10
4) Uruguai – 9
5) Chile – 8
6) Peru – 7
7) Paraguai – 6
8) Venezuela – 6
9) Bolívia – 1

Feminino
1) Brasil – 15 pontos
2) Colômbia – 14
3) Peru – 12
4) Argentina – 11
5) Chile – 8
6) Venezuela – 6
7) Paraguai – 4
8) Uruguai – 2
9) Equador – 0

Patrocínio
A Copa Los Andes teve patrocínio da Embratel e apoio de Nike, Schweppes, Hospital Samaritano, R&A, IR, Club Car, Nextel, Autokraft-BMW e PricewaterhouseCoopers.

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