Confederação Brasileira de Golfe

Novo diretor

03 de junho de 2009

POR JOÃO CARLOS GODOY

Aos 55 anos de idade, Antonio do Nascimento, mais conhecido como Totonho, acaba de ser nomeado diretor de golfe profissional da Confederação Brasileira de Golfe (CBG).

Totonho, que também preside a PGA Brasil, associação de profissionais do país, com 240 membros, terá como tarefa na CBG trabalhar pelo desenvolvimento do golfe profissional brasileiro.

“Trata-se de uma união de esforços em prol do desenvolvimento do esporte no país”, declara Rachid Orra, presidente da CBG . “Essa parceria beneficiará não só o golfe profissional brasileiro como também o golfe amador”, comemora Totonho.

Em entrevista exclusiva ao site da CBG , Totonho conta a sua história e adianta quais são as suas principais metas na CBG . Confira:

CBG – Como você começou no golfe?
Antonio do Nascimento (Totonho) –
Isso foi em 1970. Eu tinha em torno de 16 anos e trabalhava como caddie no PL Golf Club (localizado em Arujá). Em 1973 eu fui promovido para starter (profissional que organiza a saída dos grupos no tee) e em 1975 eu disputei o meu primeiro torneio como profissional no Aberto do PL Golf Club.

CBG – E como você se saiu nesse torneio?
Totonho –
Eu me lembro que me disseram que para eu me tornar profissional oficial do PL Golf Club, eu precisaria ficar pelo menos entre os cinco primeiros na disputa. Fiquei exatamente na quinta posição.

CBG – Depois desse torneio, como se desenrolou sua carreira como profissional?
Totonho –
Entre 1978 a 1995 joguei em torno de uns 12 torneios por ano. Ao todo são mais ou menos de 15 a 18 títulos como campeão e mais de 60 troféus se contarmos os torneios que eu fiquei ocupei a 2ª, 3ª, 4ª e 5ª posição.

CBG – Quais foram os principais torneios que você venceu como profissional?
Totonho –
O Aberto do PL eu venci duas vezes, o Aberto do Guarapiranga acho que foram umas cinco vezes e venci uma das edições do Aberto do Estado de São Paulo, acho que foi no São Fernando Golf Club em 1995.

CBG – Você também jogou torneios no exterior?
Totonho –
Sim. De 1978 a 1985 eu devo ter jogado uns 40 ou 50 torneios no exterior. Joguei o Aberto da Argentina, do Panamá, do Equador e do Chile. Integrei a equipe brasileira no World Cup, na Espanha, e em Cingapura. O passaporte está muito bem carimbado graças ao golfe (risos).

CBG – Por que você se afastou dos torneios?
Totonho –
Para diminuir o ritmo. É difícil acompanhar essa garotada boa que está hoje aí na disputa. Em 2002 eu saí do PL Golf Club e fui tocar alguns projetos pessoais, abri minha empresa, e estou na luta.

CBG – Como se deu a sua trajetória na PGA Brasil?
Totonho –
Eu me filiei na associação em 1977, em 1984 eu já ocupava um cargo na diretoria. Estou no cargo de presidente pela terceira vez.

CBG – Qual é a realidade do golfe profissional brasileiro hoje?
Totonho –
Nossa associação tem 240 membros. Desse total, cerca de 100 competem em torneios efetivamente no Brasil. No exterior, cerca de 10 profissionais conseguem disputar torneios com frequência. O problema é que boa parte de nossos melhores profissionais já estão acima ou próximo dos 35 anos. Precisamos renovar nossa gama de profissionais.

CBG – O que sua entrada na CBG pode significar para o golfe profissional brasileiro?
Totonho –
Muita coisa boa. Com a CBG ao nosso lado teremos mais proximidade com outras federações, com outros clubes. Poderemos aumentar o número de torneios no Brasil. Mostrar para um organizador que ele pode gastar pouco fazendo um torneio profissional, com a mesma visibilidade para os patrocinadores do que em um torneio amador.

CBG – Quais são os seus principais projetos nessa nova empreitada?
Totonho –
Vou trabalhar para implantarmos um centro de treinamento de promessas no golfe. Hoje, muitos amadores bons largam o golfe aos 18 ou 19 anos. Precisamos incentivar os bons desde cedo e fazer com que continuem a jogar golfe. Quero também criar um tour secundário, uma espécie de segunda divisão, onde bons jogadores, que são caddies ou não, possam jogar. Seria uma espécie de pré-profissional.

CBG – Em quanto tempo esses resultados poderão ser sentidos?
Totonho –
Alguns resultados, como um aumento no número de torneios profissionais, por exemplo, serão sentidos já em 2010. Mas o plano todo é colher os frutos daqui a oito ou dez anos. O trabalho precisa começar já.

CBG – Quantos torneios profissionais existem no país atualmente?
Totonho –
Uma média de 12 por ano como LG Vivo, Aberto do Brasil, Aberto do Estado de São Paulo, entre outros. Com a força da CBG poderemos convencer outros estados a fazer os seus abertos também. As federações vão ver que organizar um torneio profissional não é um bicho de sete cabeças.

CBG – Qual é o principal retorno que o golfe profissional traz para um patrocinador?
Totonho –
Essa questão da visibilidade na mídia é algo recente que está crescendo agora. O retorno para o patrocinador também está no espectador que comparece no torneio, que podem gerar futuros negócios.

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