Confederação Brasileira de Golfe

Aberto do Brasil: um torneio histórico

27 de setembro de 2017

A história do Aberto do Brasil começou a ser escrita em 1945, quando o Gavea Golf & Country Club e o São Paulo Golf Club, os dois clubes mais tradicionais do Brasil, se uniram para organizar um torneio profissional internacional.

A primeira edição aconteceu no mesmo ano, no Gavea, e reuniu os melhores profissionais do Brasil, Argentina e Uruguai. O evento teve apoio financeiro do então presidente do Brasil, Getúlio Vargas, golfista apaixonado, e foi vencido pelo argentino Martin Pose. O vice-campeão foi o também argentino Roberto De Vicenzo. Mário Gonzalez, ainda amador, foi 4º colocado.

Desde então, em mais de oito décadas de glória, o Aberto do Brasil já atraiu alguns dos principais nomes do golfe mundial, numa lista de campeões que incluem Sam Snead (1952), Billy Casper (1958 & 1959), Peter Alliss (1961), Gary Player (1972 e 1974), Raymond Floyd (1978), Jerry Pate (1980), Hale Irwin (1982), Roberto De Vicenzo (1954, 57, 60, 63, 64 & 1973) e o brasileiro Mário Gonzalez (1946, 48, 49, 50, 51, 53, 55, 69), maior vencedor da história do campeonato, com oito títulos. Outros ícones do golfe mundial também já competiram no Aberto do Brasil, como Arnold Palmer e Nick Faldo.

VEJA AQUI A LISTA COMPLETA DOS CAMPEÕES DO ABERTO DO BRASIL

Uma edição inesquecível foi a de 1974, quando Gary Player se tornou o primeiro golfista do mundo a jogar uma volta de 59 tacadas em um aberto nacional. Foi na segunda rodada no Gavea Golf. “Era um dos grandes sonhos da minha vida. A única coisa que ainda me faltava no golfe. Para isto treinei vinte anos duramente, mais do que qualquer outro esportista da história. Estou realizado”, disse Player após o feito.

Vale conferir o relato publicado na edição especial da Revista do Gavea Golf & Country Club à época:

“Depois de terminar seu jogo no primeiro dia, Player foi treinar, assistido por Jaime Gonzalez, e comentou com este que o campo do Gavea era vulnerável a uma volta, e que não achava impossível alguém completar 18 buracos em 59 tacadas, mas em 72 buracos é um campo bem difícil, pois são vários os buracos traiçoeiros.

E, mostrando na prática que sua teoria estava certa, Player consegiu a mais baixa volta obtida num Campeonato Aberto: 59 tacadas!

Não que ele tenha acertado todas suas tacadas. Pelo contrário, errou várias delas, fazendo inclusive um bogey no segundo buraco. Mas seu poder de recuperação era tal que, mesmo caindo atrás de árvores ou dentro de bancas, ele conseguiu birdies.

No total, Player obteve um eagle, nove birdies, seis pares e um bogey.

Sua tacada mais importante foi no buraco 16. Depois de errar a tacada do tee, quanto utilizou um ferro 1, baixo com hook, colocando a bola na banca que fica à esquerda do green, Player ficou a cerca de 15 metros da bandeira. “Quando entrei na banca, pensei comigo mesmo que meu 59 estava fora de cogitação praticamente, pois precisava de dois birdies e um par nos três últimos buracos e parecia que no máximo conseguiria um par no 16, ficando então com a obrigação de fazer birdies nos buracos finais”.

Player foi até o buraco, examinou cuidadosamente o green, entrou na banca, chamou seu caddie que estava a seu lado e disse: “vá, por favor, até o buraco e segure a bandeira”.

Player executou a tacada. A bola saiu perfeita, alta e na direção correta. Bateu a uns dois metros do buraco. O caddie tirou a bandeira. A bola deu o primeiro quique e o segndo já bateu contra a borda do buraco, pulando então para o alto e entrando definitivamente.

“Nunca esquecerei esta tacada. O voo da bola, o seu primeiro quique e o modo como entrou. Depois, no buraco 17, quando emboquei um putt de um metro com uma caída bem difícil, senti-me forte. Muito forte. E dei um drive absolutamente perfeito no último buraco. A segunda foi também excelente e o putt perfeito. Quando vi que a bola entrara, não me contive. Era a realização de um sonho de vinte anos”.

Desde 2012, o Aberto do Brasil faz parte do PGA Tour Latinoamérica, circuito ligado ao PGA Tour americano, e vale pontos para o ranking mundial profissional, que por sua vez é utilizado para definição das vagas olímpicas.

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A emoção sempre deu o tom à disputa do torneio. Em 2015, Alexandre Rocha, que já disputou o PGA Tour, venceu no Itanhangá após um playoff de sete buracos. No ano anterior, Rafael Becker havia se tornado o primeiro brasileiro a conquistar um título do PGA Tour Latinoamérica ao vencer no Gavea após uma volta final com direito a três eagles nos oito buracos finais (11, 13 e 18).

Rolex é o relógio oficial da CBG e do Aberto do Brasil. O evento tem patrocínio da Bupa, Embrase Segurança e Serviços, Bodega Garzón Uruguay e Telecall, com apoio do PGA Tour Latinoamérica, Campo Olímpico de Golfe e revista Golf & Turismo. O Hospital Pequeno Príncipe é o parceiro de responsabilidade social da CBG e do evento. O torneio também conta com apoio do Comitê Olímpico do Brasil, com recursos da Lei Agnelo Piva. A organização é da Confederação Brasileira de Golfe (CBG).

FAÇA PARTE DESSA HISTÓRIA E PRESTIGIE O ABERTO DO BRASIL!

 

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