Um ano de ótimas notícias
O ano nem terminou, mas certamente entrará para a história do golfe brasileiro como um marco de uma virada. Começamos muito bem, com a realização do HSBC LPGA Brasil Cup, no Itanhangá. Sem saber, estávamos assistindo à atuação de duas futuras campeãs de majors femininos – a vencedora do torneio, a escocesa Catriona Mathew, venceu o Women´s British Open, e a coreana Eun-Hee-Ji, um poço de timidez e de bom swing que terminou em 13º lugar no Rio, abocanhou o US Women´s Open.
Participei da equipe de comunicação do evento. Naquela época, o golfe entrar para as Olimpíadas ainda era um sonho. A realização dos Jogos no Rio de Janeiro, então, era quase um delírio. Mesmo assim, divulgamos para a imprensa que a realização de um torneio de tal porte e importância no Itanhangá mostrava que sim, que os cariocas estariam mais do que preparados para receber o golfe olímpico. Graças aos deuses do golfe, sonho e delírio e meu press release se transformaram na mais feliz realidade, com as recentes decisões do Comitê Olímpico Internacional, e cá estamos nós, de uma hora para a outra, no foco do golfe mundial.
Os benefícios que o golfe no Rio 2016 trarão para o golfe brasileiro são imensuráveis. Como minha empresa é a responsável pela assessoria de imprensa da Confederação Brasileira de Golfe, intermediei as dezenas de solicitações de entrevistas e informações vindas do Brasil inteiro e de boa parte do mundo. Foram dias de glória: depois de alguns anos batalhando por colocar o golfe em destaque em veículos da grande imprensa, de repente nos vimos lidando com assédio da mídia global, ansiosa por informações sobre o esporte, sobre os campos cariocas e sobre os jogadores brasileiros.
Globo, Record, Folha, Estadão, Sportv – de repente, o golfe virou notícia para todos esses veículos. Isso sem contar com revistas da Dinamarca e República Tcheca, que já pediram informações para elaborar matérias sobre o golfe brasileiro, e uma entrevista que o presidente da CBG, Rachid Orra, concedeu ao colunista Jim Litke, da Associated Press, que escreveu uma coluna que rodou o mundo.
A excelente notícia do golfe olímpico no Rio de Janeiro se somou a diversas outras ótimas notícias que o golfe brasileiro teve no ano, que não foram poucas – todas noticiadas com muita alegria no Site da CBG. Só para ficar em alguns exemplos: o segundo e o terceiro lugar de Daniel Stapff e Felipe Navarro no IV Sul-Americano de Match Play, disputado no São Fernando Golf Club, a classificação da dupla brasileira formada por Rafael Barcellos e Ronaldo Francisco para a Copa do Mundo de Golfe, a ótima fase de Lucas Lee e Fernando Mechereffe, que passaram o corte em torneios do PGA, entre muitas outras.
Tudo isso é apenas o começo de uma curva ascendente para o golfe brasileiro, que crescerá não apenas em quantidade, mas também em qualidade. Se prepare: está chegando o dia que quando estivermos no exterios, não nos perguntarão apenas sobre nosso futebol, mas também sobre nossos campos de golfe.
* O colunista é jornalista há 15 anos e golfista há 9. Edita o www.blogolfe.com.br e dirige a Albatroz Comunicação, agência de notícias e de comunicação especializada em golfe.
O ponto de vista dos colunistas não expressa necessariamente a opinião da CBG
