Confederação Brasileira de Golfe

Em busca do penta

26 de julho de 2005

Ele coleciona mais de 300 troféus em 33 anos de competição. O número de vitórias supera 150, sendo que mais de 40 delas são em torneios válidos pelo ranking da CBG. Além disso, está entre os três golfistas que mais disputaram Mundiais (11 no total). Os números são substanciais, mas quando se fala em Roberto Gomez o que vem logo à cabeça, mesmo, são os quatro títulos conquistados no Amador de Golfe do Brasil (80/81/91/2004).

O paulista do Clube de Campo São Paulo estreou na competição mais tradicional do golfe brasileiro em 1975 e de lá pra cá esteve presente em todas as edições, tornando-se um dos recordistas de participação. Esta será a sua 31a. atuação.

Antes de jogar o Amador do Brasil, Gomez costuma fazer uma preparação diferente das que realiza para outros campeonatos. Para a 75a. edição do torneio, que começa nesta quinta-feira (dia 28), no Porto Alegre Country Club, não foi diferente. “Costumo fazer um trabalho específico. Neste ano, estou privilegiando a parte mental, já que não tive muito tempo para me preparar tecnicamente”, diz ele.

Mesmo assim, Gomez entrará em campo com motivação suficiente para defender o título do ano passado, conquistado no São Paulo Golf Club, na capital paulista, com 288 tacadas. Até mesmo porque foi no Porto Alegre que ele conquistou seu primeiro Amador, em 1980. “Me sinto bem lá, a condição dos greens é muito boa”, afirma o jogador que estará em campo, de acordo com o horário de saída, a partir das 10h48, ao lado dos também paulistas Alessandro Fabietti e Enzo Akio Miyamura (o shot-gun ocorre às 7h30).

Aos 47 anos, o “Sr. Amador” pretende superar neste ano o número de vitórias de José Maria Gonzales Filho e se aproximar das marcas estabelecidas por dois gaúchos: Antônio “Nico” Barcellos, com seis triunfos nos 80/90, e Mário Gonzales, irmão de José Maria, como nove taças entre 1939 e 1949.

Gomez não nega que existam alguns “segredos” para se dar bem no Amador. Mas faz questão de manter o mistério, principalmente às vésperas de mais uma disputa. Aos adversários de quatro dias de competição, ele só deixa um recado nesta entrevista. “Quando entro em campo, a idéia é vencer, sempre.”

CBG – O que representa para você jogar o Amador do Brasil? Existe uma preparação especial para esta competição?
Roberto Gomez – É o título máximo do golfe brasileiro e o único no País que permite ao golfista disputar quatro dias de campeonato. Para o Amador, costumo fazer um trabalho específico. Neste ano, não tive muito tempo para treinar a parte técnica, apenas a parte física. Agora, estou preocupado em trabalhar a minha cabeça para o início do torneio.

CBG – O fato de já ter ganho quatro vezes te faz carregar uma responsabilidade maior nas costas?
De forma nenhuma. Jogo normalmente, como em outras competições.

CBG – O que você acha do campo do Porto Alegre Country Club? Gosta de jogar lá?
Gomez – Me sinto muito bem no Porto Alegre. A condição dos greens é muito boa. Aliás, foi lá que ganhei meu primeiro Amador do Brasil, em 1980, e outros campeonatos, como o próprio Aberto do PACC (é o atual campeão).

CBG – O que você apontaria como a principal diferença entre o seu primeiro Amador, em 1975, e o último, em 2004? Como ele evoluiu nestes 31 anos?
Gomez – A principal diferença são os scores, que têm sido cada vez mais baixos. Você precisa jogar muito para obter uma boa classificação. Isso em razão da evolução técnica dos equipamentos, do nível de qualidade dos jogadores e da própria organização da competição. É claro que nem toda evolução é linear, você tem altos e baixos, como num gráfico. Mas na média, você tem uma linha apontado para cima.

CBG – Por que nunca se profissionalizou?
Gomez – Quando me formei em Engenharia Civil, tinha a idéia de ir para os Estados Unidos jogar. Mas para isso precisava de um patrocínio, o que na época era muito difícil. O golfe era bem menos divulgado, tínhamos poucas competições. Acabei seguindo como amador.

CBG – Como vê o atual momento do golfe no País?
Gomez – Num grande crescimento, com maior número de empresas apoiando o esporte, surgimento de novas competições e aumento do número de jogadores, muitos deles com grande potencial. Acho que vamos ter um resultado consistente mais à frente. Para se ter uma evolução na pirâmide, é preciso que a base cresça, e isso leva um tempo para acontecer. O importante é que a base da pirâmide do golfe brasileiro está crescendo.

CBG – Quais são as suas perspectivas para depois do Amador?
Gomez – Gostaria muito de jogar o Campeonato Sul-Americano de Golfe por Equipes, a Copa Los Andes. Mas não sei se estarei entre os convocados este ano.

CBG – Voltando a esta semana: você se vê com chances reais de levantar a taça mais uma vez no domingo? Indo mais além, existe algum “segredo” para se dar bem no Amador do Brasil?
Gomez – Quando entro em campo, a idéia é sempre vencer. Existe “segredo”, sim. Mas é claro que eu não vou contar qual. Não vou entregar para os adversários assim, “de bandeja” (aos risos).

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