Confederação Brasileira de Golfe

Um pequeno clube de grande historia – Coluna Guilhermo Piernes

24 de janeiro de 2007

O Santos Vicente Golf Club é o terceiro mais antigo clube de golfe do Brasil e continua fazendo história ao se consolidar como um dos grandes bastiões das tradições do esporte.

O Clube nasceu dos esforços e idéias da colônia inglesa há 92 anos, quando as grandes firmas britânicas dominavam as atividades de importação e exportação e infra-estrutura em Santos.

Os primeiros associados eram diretores, gerentes e funcionários de empresas como São Paulo Railway, The City of Santos Improvements Company,  Western Telegraph, Brazilian Warrant, Light & Power, Royal Mail Lines,  Lamport & Holt Lines,  Cunard Lines,  F.S. Hampshire & Co,  Bank of London & South América,  Pratt House, entre outras, com a liderança de Henry Wright.

Em 1931, o Príncipe de Gales jogou no campo e fez um hole in one, o primeiro registrado no clube. Isso bastou para tornar o Santos São Vicente conhecido no mundo todo, já que o então Príncipe de Gales – aquele que viria a se tornar o rei Eduardo VIII para depois abdicar do trono britânico para se casar com uma americana divorciada – era uma celebridade na época.

Até 1936, quase 95% dos sócios eram anglo-americanos. Com o início da Segunda Guerra Mundial, muitos deles se alistaram para combater na Europa, esvaziando o clube. Hoje, os brasileiros são maioria entre os associados, grande parte deles moradores de São Paulo, que fica a cerca de 45 minutos do clube.

Em 1951, o prefeito de São Vicente, Charles Forbes, aprovou a instituição do primeiro campeonato aberto de golfe da cidade de São Vicente, o mais antigo município do Brasil, que acaba de comemorar 475 anos de fundação. O tradicional torneio de golfe anualmente é disputado anualmente como parte das celebrações da fundação de São Vicente.

A atual sede do clube foi inaugurada em 21 de abril de 1960, para coincidir com a inauguração de Brasília. O campo, construído em área isolada, está hoje sob a pressão do crescimento populacional, mas permanece agradável.

O campo de nove buracos é considerado técnico, privilegiando os jogadores de precisão, mas com ocasiões para o desempenho dos fortes batedores. O clube apóia uma abertura do campo para jogadores de outros clubes ou sem clubes para manter a tradição de grande intercâmbio do golfe.

É uma das melhores opções para aqueles que querem se iniciar no golfe, pois o clube e seus associados são muito receptivos e a relação custo-benefício é uma das melhores do Brasil.

No recente torneio do aniversário de São Vicente, a tradição continua vencendo no clube. Os jogadores enfrentaram a chuva sem desistir. O médico Reginaldo Araújo, capitão do golfe, decidiu reduzir o torneio de 18 para 9 buracos por causa da forte chuva, mesmo que isso significasse sua derrota em sua categoria. Um adolescente se declarou desclassificado porque tinha jogado um buraco desde o tee errado, abrindo assim mão de um troféu. 

O jovem Rafael de Melo, 12 anos, recebeu seu primeiro prêmio oficial da carreira entre os abraços do seu avô jogador, Sebastião, e de seu pai, Márcio de Melo, presidente da Federação Paulista de Golfe e sócio do clube. O melhor jogador em campo foi Tsuguhiro Ueta, um dos principais organizadores dos animados torneios da Colônia Japonesa. John Mclintock, o escocês-brasileiro presidente do clube, John Mclintock, encerrou a festa com um descontraído discurso.

Gerações, etnias, nacionalidades misturadas, um pequeno clube aberto com o valor da integridade perante tudo como é o espírito do golfe. O Santos São Vicente fez história no golfe e prepara novos capítulos.

* Guillermo Piernes é consultor corporativo e palestrante de golfe. Escritor e jornalista, assina a coluna de golfe da Gazeta Mercantil e da Revista Forbes. Autor de Comunicação na América Latina (Ed. UnB) e Tacadas de Vida (Ed. JB). piernes@yahoo.com 

Pódio

Britânico: O profissional gaúcho Adilson da Silva que há vários anos reside no continente africano representará ao Brasil no tradicional Aberto Britânico 2007.  O último profissional brasileiro a participar no British Open foi Jaime Gonzalez, em 1986. 

Paraguai: Celeste Troche y Julieta Granada, do Paraguai, conquistaram a Copa Mundial de Golfe Feminino, superando a Estados Unidos e Coréia. A dupla brasileira integrada por Maria Candida Hanemann e Priscila Iida chegou no duodécimo lugar. 

Golf Channel: Uma pesquisa realizada pelo Golf Channel mostra que 44% dos tele-espectadores enxerga a Austrália como a maior fonte de novos profissionais na elite do golfe mundial, seguida por Europa com 32% e Estados Unidos com 24%.

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