Predominância argentina
Por Marco Frenette
Até essa quinta-feira, dia 29, segundo dia de disputa do 40º Campeonato Sul-Americano Juvenil, não há nada de novo no front. A equipe masculina da Argentina, com sua maior tradição em golfe entre os países participantes, disparou na frente. Seus jogadores estão dando um show de golfe, batendo firme e com convicção na bola, sem nenhum medo de ser feliz.
Desde ontem os garotos já demonstravam regularidade, quando Alan Wagner, um dos poucos a quebrar o par do campo, jogou 68; e Franco Barrera, 69. O terceiro da equipe, Ary Rodrigues, não foi tão bem, e estreou com 76, ou quatro acima do par.
Hoje, a equipe estava mais acostumada com o campo, o que resultou num escore nada animador para as equipes adversárias: Barrera fez 66, Alan Wagner, 71, e Ary Rodrigues, 70, todos abaixo do par. Isso totalizou 273 tacadas – uma larga margem de diferença dos dois segundos colocados, Chile e Venezuela, que somaram 292 tacadas cada uma.
“Nos primeiros três buracos, meu jogo não estava muito fluente, mas a partir do quarto buraco comecei a pegar bem com os ferros e a embocar com poucos putts. Estive a maior parte do tempo em boa posição para colocar a bola no green; e no buraco 7, um par 4, fiz um eagle”, disse Barrera, surpreso com o nível do campo. “Confesso que não esperava encontrar no Brasil um campo tão formidável, e, além do mais, cercado dessa beleza natural”.
A equipe masculina do Brasil, infelizmente, piorou com relação à ontem, quando jogaram 72 (André Tourinho) e dois 75 (Maximo Kopp e Felipe Navarro). Hoje o escore subiu para 75 (Tourinho), 76 (Kopp) e 79 (Navarro). Desse modo, o Brasil caiu para quarto lugar, com 298 pontos. Porém, ainda há chance de lutar por um segundo lugar, uma vez que a diferença para o Chile e a Venezuela é de 7 pontos.
No feminino, o primeiro lugar está com a equipe colombiana, que soma 290 pontos nesses dois dias de campeonato. Em segundo lugar está a equipe argentina, com 291 pontos.
O melhor escore do dia entre as golfistas foi da argentina Martina Gavier, jogando 69, ou três abaixo do par. “Comecei o jogo cometendo algumas barbaridades, a exemplo de um bogey logo na saída. Porém, fui me acalmando e consegui manter a bola sempre em jogo e superar os desafios técnicos que o campo oferece. E meus putts também foram bons”, declarou Martina.
Tranqüilidade é o que a equipe feminina brasileira está buscando. “Hoje, toda a equipe estava mais calma. Joguei sem medo de bater na bola, mas infelizmente alguns putts a mais me fizeram jogar quatro acima do par (76). Mas todas nós melhoramos, a Cecília jogou um acima (73), e a Daniela, dez (82)”, disse Bruna Spengler, numa comparação com os escores mais altos do primeiro dia de disputa. Com escore de 307, o Brasil está em quinto lugar.
