Confederação Brasileira de Golfe

Encontro do Golfe – A Avaliação do Presidente

27 de junho de 2002

Qual a avaliação do III Encontro em relação aos anteriores?
O III Encontro teve um crescimento significativo, não só no número de participantes, mas no interesse de outros segmentos do golfe, fornecedores, pessoas que estão trabalhando, imprensa, promotores de evento, agregando uma visão que era muito restrita, só de quem praticava o golfe. Com isso teremos a possibilidade de ampliar a nossa estratégia de crescimento do esporte a partir dessa troca de idéias.

Qual a proposta mais interessante?
Achei todas as propostas interessantes, porque acabaram atingindo metas que eram imaginadas mas que às vezes não tínhamos como implementar, e a partir das sugestões que foram oferecidas nós acabamos descobrindo um caminho que certamente vamos poder utilizar para alcançar esses objetivos novos. Além disso, a participação de pessoas que estão ingressando no golfe agora trazem uma visão de um trabalho que estava sendo iniciado e que começamos a perceber que está frutificando de uma forma mais interessante, que é trazer a visão do novo golfista. Esse era o nosso objetivo maior a partir do Encontro de Gramado, há pouco mais de dois anos.

Houve diversas propostas nos painéis sobre o que a CBG, as federações e os clubes devem fazer. Muitas já foram comentadas e debatidas, porque exigem uma maior infra-estrutura de todas essas instituições e clubes e, claro, dinheiro. O que fazer?
Será necessário uma infra-estrutura não só de recursos mas de pessoas. Estamos imaginando que a partir da participação de todos que vieram para o Encontro, poderemos contar com a colaboração direta de determinadas pessoas na condução e alcance desses objetivos. Essa idéia surgiu fora do ambiente dos grupos para que possamos já na próxima reunião de diretoria tentar encaminhar alguns dos projetos e definir comissões ou pessoas que estejam encarregadas de tentar viabilizá-los.

Como?
Com trabalho e suporte financeiro. Algumas propostas estão só no plano teórico e nós vamos tentar transformar isso na prática em algo possível. Algumas medidas são de orientação e recomendação, que são iniciativas que não competirão especificamente à Confederação ou às Federações, mas sim aos clubes diretamente envolvidos. Outras serão encaminhadas pela Confederação e as Federações acabarão realizando. E outras que são de política macro, a própria Confederação vai realizar. Isso vai envolver um trabalho de marketing, mídia, captação de recursos, alguns trabalhos políticos para tentarmos, a partir de um documento que demonstrará uma necessidade, vontade das pessoas que integram o esporte, de tentar convencer também as autoridades públicas no sentido de apoiarem essas idéias, porque elas têm um objetivo maior, por exemplo, de expandir o turismo através do golfe.

Desta vez isso vai ser viável? Já se falou anteriormente na contratação de assessorias de imprensa competentes, da Confederação e federações promoverem cursos?
A Confederação participou de seminários, encontros, entrevistas, programas, que acabam atingindo um público muito maior do que simplesmente um auditório. Esse segundo curso de superintendentes, na Federação Paulista de Golfe, na verdade é fruto de uma postura que foi colocada em Gramado. Este ano estamos com duas feiras de golfe programadas, e em cada uma delas estão previstas muitas palestras. A própria movimentação da ABPG no sentido de criar cursos para os profissionais, também é uma forma de alcançar aperfeiçoamentos. Nem todas as iniciativas terão que ser executadas pela Confederação ou pelas federações, outras pessoas vão poder estar viabilizando essas idéias. O importante é transmitir a mensagem de que existe uma intenção, uma vontade, um apoio das instituições em desenvolver o golfe. Isso pode se dar ou através das entidades ou através da própria iniciativa privada de promover esses eventos. Se conseguirmos através das feiras, por exemplo, transmitir para várias pessoas do segmento do golfe ou de fora que estejam interessadas em ingressar no esporte, o objetivo vai estar sendo alcançado. Não temos a pretensão de atender todos. No Encontro de Gramado foram lançadas diversas propostas, algumas foram atendidas, outras superadas e algumas deixaram de ser executadas por uma dificuldade maior, impossibilidade política, ou falta de recursos. Mas procurou-se seguir o que a Carta de Gramado definiu e conseguimos um crescimento nos últimos dois anos nunca imaginado no golfe brasileiro.

Como avalia o impulso dado ao esporte por esse evento?
A partir de Gramado, tivemos um crescimento com o surgimento de diversos campos e mais jogadores. Naquela ocasião não tínhamos driving range público. Hoje já temos em São Paulo, Porto Alegre, Curitiba, Barra do Garça, Belo Horizonte, e, no Rio de Janeiro, o projeto Japeri. Surgiram tantas oportunidades que não tínhamos antes. O crescimento foi fantástico. Com relação aos campos, temos 14 projetos sendo iniciados e 11 sendo encerrados. O golfe, nos últimos oito anos, quase atingiu um crescimento de 100% na quantidade de campos. O número de jogadores praticamente dobrou. São números significativos. Mas não devemos ficar preocupados com a quantidade de jogadores, mas sim com os índices de crescimento. Se o Brasil economicamente tivesse o crescimento que o golfe teve, não estaríamos passando pelas dificuldades políticas e econômicas que vivenciamos hoje. Um índice de 10, 15% ao ano é muito importante em qualquer atividade. Com essas idéias poderemos crescer até mais, 20, 25% ao ano. Claro que depende da possibilidade de podermos implementar todas as ações definidas em Comandatuba.

Quem faltou nesse Encontro?
Estamos numa fase de transição entre pessoas que fizeram a história do golfe e as que estão fazendo a nova história do golfe. Tivemos aqui uma representatividade muito grande, como os presidentes das federações, grande parte das suas diretorias, pessoas que estão com vontade de contribuir para o golfe. Eu lamento, por exemplo, a ausência dos profissionais. Acho que teriam muito a agregar dentro do espírito de falar de golfe, pelo golfe e para o golfe, e não de cuidar simplesmente de interesses particulares, privados de determinado grupo. Aqui não falamos sobre o golfe amador, e sim como um todo, amador e profissional. Acho que a visão e a opinião de quem vivencia o golfe diariamente dentro do campo seria importante para ajudar na definição dessas metas. Infelizmente não contamos com a presença deles, a exemplo do que aconteceu em Gramado, embora tivessem sido convidados. Mas as pessoas que estiveram aqui são plenamente capazes de visualizar o golfe de uma forma para todos e que possa trazer benefícios para o golfe como um todo.

Quando será dado o start da Carta de Comandatuba?
Na próxima reunião da diretoria da Confederação será feita uma avaliação da Carta de Comandatuba para formar, a exemplo do que aconteceu em Gramado, as comissões que vão tentar tornar possíveis os projetos apresentados e convocar as pessoas que estejam interessadas em colaborar.

Entrevista: Ivo Simon

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