Confederação Brasileira de Golfe

Rocha e Gasnier encaram El Tigre

27 de setembro de 2005

Nesta quarta-feira (dia 28), o profissional Alex Rocha (foto) chega ao México acompanhado de seu companheiro de dupla Philippe Gasnier. Os dois jogarão, de 5 a 8 de outubro, a seletiva continental para o Mundial de Golfe, que acontece em Portugal, no mês de novembro. Os representantes do Brasil na disputa pretendem conhecer, antes de seus adversários, o campo do El Tigre Club de Golf, em Nuevo Vallarta, que fica à beira do Pacífico.

Apenas as duas melhores duplas que participam do torneio classificatório garantem vaga na competição principal, de 17 a 20 de novembro, no Victoria Clube de Golfe Vilamoura, no Algarve, em Portugal. Gasnier e Rocha são os dois brasileiros mais bem colocados no Tour das Américas (TLA), na 15a. e 18a. posições, respectivamente, o que justificou a indicação da dupla.

Há oito anos nos Estados Unidos, o paulistano Rocha tornou-se um dos golfistas brasileiros de maior destaque no circuito internacional. O atleta completou sua quarta temporada no Canadian Tour (Cantour), importante circuito jogado na América do Norte. Além de contar pontos para o ranking mundial, o Cantour dá acesso ao PGA Tour, circuito milionário que reúne os melhores jogadores do mundo. “O Canadian não recebe o crédito que merece, apesar de ser o terceiro mais importante por aqui, atrás apenas do PGA e do Nationwide”, afirma em entrevista dada por e-mail, de Orlando, na Flórida, ao site da CBG.

Até agora, sua melhor temporada no circuito foi a primeira, em 2002, quando terminou em 19º. no money list, com US$ 31,3 mil ganhos em 14 torneios. Em 2005, com a temporada finalizada este mês, chegou ao 26o. lugar, faturando US$ 20,89 mil em 12 eventos.

Rocha, que completa 28 anos no dia 21 de novembro, começou a jogar com cinco anos no São Fernando Golf Club, em Cotia (SP), e aos 13, passou a ter aulas com o profissional Jaime Gonzalez. A boa formação lhe valeu títulos brasileiros em todas as categorias até chegar às duas conquistas no Amador do Brasil, em 1994 (com 16 anos) e 1997. Sem contar o título sul-americano na Los Andes pela equipe nacional, em Quito, no ano de 1995.

Em agosto de 2004, começou a trabalhar com o psicólogo da CBG, Esmerino Rodrigues, para quem só tem elogios. Três meses depois de iniciada a parceria, ficou a uma tacada de conseguir a classificação para a seletiva final do PGA Tour 2005, no que ele descreve como “o dia mais inesquecível de minha carreira” (leia no link www.cbg.com.br/por_dentro/ler_materia.asp?cod_materia=1878). Este ano, voltou ao São Fernando para jogar o American Express Brasil Classic (etapa do TLA) e ser vice-campeão após playoff com o argentino Miguel Fernandez.

Na entrevista que se segue, Rocha fala mais sobre sua carreira e sobre as chances do Brasil na seletiva para o Mundial, no México.

CBG – Você já está treinando para a seletiva do Mundial, no México? Como vai ser feita a preparação e quando se encontra com seu parceiro de dupla, Philippe Gasnier?
Alex Rocha – Sim, já estou treinando para a seletiva há muito tempo. Passo o ano todo me preparando para oportunidades como essa, de forma que estou pronto. Meu treino começa na academia, três a quatro vezes por semana, e depois faço uma mistura de treinamento técnico e tático no campo de golfe, tudo acompanhado pelos vigilantes olhos do meu preparador psicológico, Esmerino Rodrigues. Encontrarei o Gagá no dia de nossa viagem, 28 de setembro.

CBG – Já jogou essa seletiva? Quais as chances do Brasil e, na sua opinião, quem são os grandes adversários?
Rocha – Nunca joguei essa seletiva antes, mas tenho absoluta certeza que o Brasil tem ótimas chances. Nós estamos indo com uma semana de antecedência para jogar no campo antes dos outros países. Além disso, meu parceiro está muito bem no momento, o que me traz confiança. Não creio que haja nessa seletiva uma equipe melhor que o Brasil, mas existem algumas que são tão boas quanto, o que transforma essa competição em algo muito disputado. Argentina, México, Colômbia e Canadá, além do Brasil, são as melhores equipes na minha opinião e vamos todos brigar pelas duas vagas disponíveis.

CBG – Você e o Gasnier já atuaram juntos em dupla?
Rocha – Nunca tive a oportunidade de jogar com o Gagá em dupla, mas isso não significa que não o conheça bem.

CBG – Qual a sua expectativa para essa parceria?
Rocha – Nossa parceria está começando este ano e acredito que possa durar muito tempo ainda. Tenho no fundo de minha mente a imagem de que sempre seremos parceiros, divulgando o esporte para e pelo nosso País, ao mesmo tempo que também teremos uma saudável rivalidade dentro do Brasil. Essa é a combinação perfeita para o nosso bom desempenho.

CBG – Como está sendo sua temporada no Canadian Tour. Qual a importância desse circuito no cenário do golfe internacional?
Rocha – O Canadian Tour, infelizmente, não recebe o crédito que merece. Eu te digo que na América do Norte, o Cantour é o terceiro mais importante, atrás apenas do PGA e do Nationwide Tour. A qualidade dos jogadores é ótima e o nível de dificuldade dos campos é grande. Por isso, estou certo de que estes últimos quatro anos que passei jogando no circuito mudarão minha vida no futuro, dadas as boas oportunidades de aprendizado. Terminei o Tour em 26o. este ano, o que não me agrada nem um pouco, mas vejo o potencial do meu jogo querendo sair.

CBG – Com quantos anos começou a jogar e desde quando está nos Estados Unidos?
Rocha – Comecei a jogar lá pelos 5 anos de idade e estou nos Estados Unidos desde 1997.

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