Confederação Brasileira de Golfe

Vem aí o torneio mais tradicional do País

21 de julho de 2005

Na próxima quinta-feira começará a se escrever mais um capítulo de uma história de tradição e paixão pela prática esportiva. Para ser mais preciso, o 75o. capítulo da história do Campeonato Amador de Golfe do Brasil (28 a 31 de julho).

Este ano, o privilégio de sediar o mais representativo torneio do golfe brasileiro será do Porto Alegre Country Club. Por coincidência, um dos mais antigos do País e que no dia 30 de maio completou também 75 anos de fundação.

Para muitos, pode ser estranho o fato de uma competição amadora ser tão valorizada como é o caso do Amador do Brasil. A diferença é que, enquanto em outros esportes o amadorismo ocupa um espaço praticamente marginal, no golfe brasileiro ele representa a sua essência. Muitos dos melhores golfistas do Brasil são amadores.

Todas as semanas, competições amadoras por todo o País mobilizam as atenções de um público cativo e estimulam a adesão de novos praticantes. O Amador do Brasil é a maior e mais importante delas. Por isso, seus vencedores recebem uma taça de posse transitória e são aclamados campeões brasileiros.

No campo do Porto Alegre Country Club, a partir do dia 28, 105 jogadores estarão em busca dos troféus conquistados em 2004, no São Paulo Golf Club, pelo paulista Roberto Gómez, tetracampeão da competição, e Patrícia Carvalho, bicampeã (na foto, ambos circundam o diretor-geral do Banco Alfa, Fernando Pinto de Moura).

Nos quatro dias de duração do torneio, jovens talentos serão revelados para o País, marcas serão estabelecidas, novas histórias serão contadas. Tem sido assim a trajetória desse torneio, cuja primeira edição foi realizada em 1929 e de lá para cá só ficou um ano sem ser disputada. A seguir, confira um resumo com os principais momentos e personagens do Amador do Brasil.

1929 – Primeiro Campeonato Amador do Brasil

A Taça Hart, disputada alternadamente em São Paulo e Rio de Janeiro, inaugurou a série de competições no país. Era disputada por apenas duas equipes de oito jogadores cada, representando o Gávea e o São Paulo Golf Club.

O primeiro Campeonato Amador do Brasil foi realizado no Rio de Janeiro, em 1929, e vencido por S.G.MacGregor. Mas só em 1938 um brasileiro venceu pela primeira vez, Seymor G. Marvin, no Gávea. Seymour foi o primeiro brasileiro que aprendeu a jogar golfe no Brasil.

Em 1939, surge um garoto gaúcho chamado Mário Gonzalez, em SantAna do Livramento, Rio Grande do Sul, e com apenas 17 anos fica com o título, iniciando uma série de conquistas que marcariam para sempre a história do esporte no Brasil. O jovem gaúcho monopolizou os campeonatos brasileiros de amadores até 1949 quando, depois de vencer pela nona vez, profissionalizou-se e transferiu-se do São Paulo para o Gávea, no Rio de Janeiro.

Humberto Almeida chegou pela primeira vez à final em 1949, mas perdeu para o imbatível Mário Gonzalez, no Gávea. Cinco anos depois, em 1954, Almeida chegava novamente à final do campeonato, mas perdia para outro Gonzalez, José Maria Gonzalez Filho, o Pinduca, irmão de Mário. Dez anos mais tarde, em 1964, Almeida conseguiu o merecido título ao derrotar Sylvio Pinto Freire no campo do São Fernando Golf Club, em Cotia, São Paulo.

Antes disso, porém, o golfe brasileiro foi dominado, em épocas distintas, por dois jogadores. José Maria Gonzalez Filho assumiu o comando com a passagem do irmão para o profissionalismo e durante quatro anos conquistou todos os torneios. Embora suas vitórias nunca fossem tão dilatadas como as de Mário, também foram folgadas. Em nenhum desses quatro anos ele precisou jogar o 35º buraco para conquistar o título de campeão brasileiro.

Em 1957, “Pinduca” tornou-se profissional, representando o São Paulo Golf Club até meados dos anos 90. Embora nunca tivesse conquistado o Campeonato Aberto Brasileiro, “Pinduca” teve atuação destacada nos anos de 1954, quando ainda era amador, e 1964. Nas duas oportunidades ficou em sexto lugar.

Quando “Pinduca” passou ao profissionalismo, o primeiro a conquistar o Amador Brasileiro foi o gaúcho Fernando Chaves Barcellos, em 1956 depois de ter perdido duas finais contra José Maria Gonzalez Filho, em 1953 e 1955. Barcellos, outro dos maiores jogadores de golfe brasileiros da história, voltaria a ser campeão em 1963, quando venceu José Joaquim Barbosa.

Em 1959, o golfe amador brasileiro voltou a ser dominado por apenas um jogador, Robert Falkenburg, norte-americano e ex-campeão de Wimbledon. Durante três anos, Bob repetiu o que Mário e “Pinduca” haviam feito, conquistando todos os campeonatos disputados. Não foi um período fácil para os brasileiros. O argentino Roberto Benito venceu o campeonato em 1958 e Bob Falkenburg de 1959 a 1961.

Outro destaque do golfe brasileiro na época, Carlos Sózio, foi o melhor amador no Aberto de 1961 e chegou ao título de campeão amador do Brasil em 1962, vencendo na partida final seu irmão Nestor.

Em 1992, o gaúcho Vinicius Muller entrou para a história ao tornar-se o primeiro jogador a vencer o torneio aos 16 anos, idade que completou durante a competição.

Em 1994, um novo marco para a história. O brasileiro Alexandre Rocha, também com 16 anos, conquistou o título, feito que repetiria em 1997.

As mulheres começaram a disputar o Amador do Brasil em 1950. A primeira campeã foi Marina Nioc. Carola Zappa foi bicampeã em 1958 e 1959. A seguir surgiu Sara Raby que foi campeã em 1960 e 1961 e novamente em 1963. Yolanda Figueiredo, que havia sido campeã em 1955, voltou a vencer dez anos depois, em 1965.

Em 1967, a gaúcha Elisabeth Nickhorn ganhou o título pela primeira vez, iniciando uma incrível série de vitórias, totalizando 17 títulos em 1998, feito difícil de ser superado. Nesses 30 anos, outras jogadoras ganharam o título mais de uma vez: Maria Alice Gonzalez (1975, 1978 e 1986), Cristina Schmitt Baldi (1987, 1988 e 1999), Luciana Benvenuti (1989, 1990 e 1991), Isabele Lodigensky (1993 e 1995), Maria Cândida Hannemann (1997 e 2000), Patrícia Carvalho (2002 e 2004). Os atuais campeões são Roberto Gómez (SP) e Patrícia Carvalho (PR).

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